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NA MÍDIA: BARES E SINDRIO RECLAMAM DA FISCALIZAÇÃO INCOERENTE

Presidente do SindRio, entidade que representa quase dez mil bares e restaurantes cariocas, Fernando Blower veio a público nesta segunda (21) para protestar contra o que considera “dois pesos e duas medidas” no endurecimento da fiscalização contra aglomeração na cidade. Somente neste fim de semana, cinco bares foram interditados  no Rio – um deles, o Garoa, na Dias Ferreira, usou suas redes sociais para pra protestar pelo mesmo motivo. “Afinal, são os bares que aglomeram as ruas ou são as pessoas?”, questiona a página oficial do bar no Instagram.

Em comunicado enviado a VEJA RIO, Blower ratifica a posição dos empresários responsáveis pelo bar do Leblon em sua postagem. “A formalidade está sendo punida com multas e mandados de fechamento, enquanto as ruas são invadidas, sem qualquer fiscalização, por isopores com bebidas alcoólicas,quentinhas em malas de carro e mais um sem número de comerciantes informais”, analisa. Leia abaixo a íntegra do posicionamento do SindRio:

Para qualquer ordem ser estabelecida, todos os agentes que fazem parte do processo precisam estar do mesmo lado. Não há outra maneira. No dia 2 de julho, bares e restaurantes foram autorizados a reabrirsuas portas, uma conquista com base em muita luta travada pelo SindRio para estancar as várias sequelas de um fragilizado setor.

Em todo o Rio de Janeiro, a grande maioria das casas reabriu respeitando as chamadas regras de ouro criadas pela Prefeitura do Rio. Muitos estabelecimentos sequer puderam retomar os negócios naquele momento, sem condições financeiras e segurança jurídica para tal.

Naquele dia, quase vimos todo nosso trabalho ir abaixo. Houve excessos pontuais, isolados, de todas as partes. O comportamento nas ruas, completamente inadequado e amplamente divulgado, acendeu um sinal vermelho. Era preciso estar mais atento. Nenhum agente da cadeia discordou da atuação e presença de fiscais, principalmente em polos mais nevrálgicos da cidade.

No entanto há uma incoerência correndo solta, *com trabalhadores informais e ambulantes tomando conta das ruas sem restrição*. Eles encontraram uma brecha dentro da ordem, e tudo virou uma grande desordem. Não nos parece certo que haja este desequilíbrio. A formalidade está sendo punida com multas e mandados de fechamento, enquanto as ruas são invadidas, sem qualquer fiscalização, por isopores com bebidas alcoólicas, quentinhas em malas de carro e mais um sem número de comerciantes informais que encontraram, nesse ponto cego dos agentes de segurança, imensa oportunidade de ocupação. E é no entorno desse tipo de comércio que aglomerações em desacordo com as orientações sanitárias vêm sendo registradas com maior frequência. O que vemos são dois pesos e duas medidas, onde o formal é tratado a ferro e fogo, e o informal parece invisível, podendo transitar e fazer o que bem entender.

Assim, como representante de quase dez mil bares e restaurantes cariocas, o SindRio segue apoiando a retomada econômica de forma consciente e responsável e orientando os estabelecimentos da categoria para que cumpram as regras de ouro estabelecidas pela Prefeitura.

Entendemos que o momento ainda exige cautela, mas reafirmamos a seriedade e o compromisso com que a grande maioria dos empresários do setor reabriu suas casas, dentro da legalidade, com rígidos protocolos de higiene e distanciamento social. Situações de funcionamento em desacordo com as normas são pontuais e não representam o esforço de toda a categoria para viabilizar a manutenção dos negócios na atividade econômica mais impactada pela pandemia e que segue, agora, sendo responsabilizada por questões que, muitas vezes, fogem à sua capacidade de atuação.

Reprodução: Veja Rio

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