SindRio na Mídia: pirarucu conquista chefs do Rio a São Paulo
Recentemente, a Exame publicou uma matéria destacando o crescente interesse dos chefs renomados do eixo Rio-São Paulo pelo pirarucu, um gigante amazônico que simboliza hoje a sustentabilidade na gastronomia brasileira. O Projeto Gosto da Amazônia, parceiro do SindRio, que promove o manejo responsável deste peixe, conseguiu introduzir o pirarucu em cerca de 250 restaurantes pelo Brasil, transformando-o num símbolo de conservação ambiental e de geração de renda para comunidades locais.
O SindRio se engajou no Gosto da Amazônia determinado a mobilizar chefs e demais profissionais do setor, que passaram a estimular o consumo do pirarucu. “São as pessoas que têm mais propriedade para convencer os consumidores a experimentar o pescado”, explica Sérgio Abdon, diretor-executivo do SindRio.
O Pirarucu: um ícone da culinária sustentável
Considerado o maior peixe de escamas de água doce, o pirarucu pode atingir até três metros e pesar cerca de 200 quilos. Sua carne é versátil na culinária, aparecendo em pratos fritos, empanados, em caldeiradas ou moquecas, e até em preparos mais refinados como carpaccio e tartar. No Emile, restaurante do hotel Emiliano em Copacabana, o pirarucu é servido com uma inovadora crosta de couve mineira, acompanhado de purê de castanhas de caju e leite de coco com ervas, mostrando sua adaptabilidade aos paladares sofisticados.
Impacto econômico e social
A iniciativa Gosto da Amazônia não apenas popularizou o pirarucu, como também ajudou a revitalizar sua população, antes ameaçada de extinção. Atualmente, a pesca do pirarucu ajuda na preservação de mais de 11 milhões de hectares da Amazônia, e é uma fonte vital de renda para as comunidades ribeirinhas e indígenas. A comercialização do peixe é gerenciada pela Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC), que assegura que os pescadores recebam um pagamento justo pelo seu trabalho, incentivando práticas de pesca sustentáveis.
Desafios e percepções do consumidor
Apesar de seu valor nutricional e de sua importância ecológica, muitos consumidores brasileiros ainda preferem espécies mais tradicionais como salmão e bacalhau.
Uma pesquisa feita pela instituição com 600 consumidores de três cidades – Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília – revelou as principais barreiras que impedem os consumidores de optar por peixes menos conhecidos, como o pirarucu. A pesquisa apontou que a incerteza sobre a qualidade do pescado e a falta de familiaridade com seu preparo são as principais razões para a hesitação dos consumidores.
Graças à iniciativa Gosto da Amazônia, o pirarucu agora é servido em cerca de 250 restaurantes por todo o Brasil, de restaurantes como NB Steak e Per Lui em Belo Horizonte, a Dona Lenha em Brasília e Maria e o Boi no Rio de Janeiro. O aumento no número de estabelecimentos que incluem este peixe em seus cardápios é essencial para promover a sustentabilidade de seu manejo e apoiar economicamente as comunidades locais envolvidas na sua produção. “Nos últimos 10 anos, a população de pirarucu cresceu mais de 600%”, Abdon.
Portanto, é fundamental que a demanda por pirarucu se expanda além das fronteiras do Amazonas. No último ano, foram vendidas 100 toneladas de pirarucu selvagem no mercado nacional. “Embora isso represente um aumento, ainda é um volume pequeno quando consideramos o potencial deste peixe na dieta dos brasileiros”, comenta o executivo. “O pirarucu ganhou mais notoriedade recentemente, porém ainda há muito a ser feito para aumentar sua presença nos pratos do país.”
SindNews
A valorização do pirarucu e o protagonismo feminino no setor também serão temas destacados na próxima edição do SindNews. A 4ª edição do evento exclusivo para gestores de bares e restaurantes, que será ainda mais ampla em termos de tempo e espaço, contará com um almoço volante e um coquetel de encerramento, onde o menu, assinado pelo chef Frédéric Monnier, incluirá o pirarucu entre seus ingredientes.
Participe do SindNews 2024
- Data: 14 de maio (terça-feira)
- Horário: 09 às 19h30
- Local: ExC Rio – Jockey Club
- Ingressos: R$230 para não associados, gratuito para associados
