
O SindRio foi destaque em matéria da CNN Brasil sobre a transformação da Rua da Carioca, no centro do Rio de Janeiro, em um novo polo da cerveja artesanal na cidade. A reportagem acompanhou a chegada da terceira cervejaria ao local e destacou a proposta da prefeitura em revitalizar a via histórica com apoio a pequenos empreendedores do segmento.
O mais novo endereço a integrar o cenário é a Cotovelo, que se junta à Cervejaria Piedade e à Vírus Bier, as duas marcas que abriram as portas antes no local. A iniciativa faz parte do projeto Reviver Centro, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, em parceria com a CCPar. A proposta oferece subsídios para reformas e despesas mensais dos estabelecimentos que queiram se instalar na Rua da Carioca. Os incentivos incluem até R$ 1.000 por metro quadrado em obras e R$ 75 por metro quadrado mensais, com limite de área beneficiada e duração de até quatro anos.
Para o presidente do SindRio, Fernando Blower, o sucesso da iniciativa depende da articulação entre os próprios empreendedores:
“Os estímulos da prefeitura são bem-vindos, mas o que fará com que essas cervejarias se mantenham de pé é o fluxo de visitantes. Elas precisam se unir para criar estratégias em conjunto que aumentem o interesse pela Rua da Carioca, que estava às moscas até há pouco”.
Ele reforça que o potencial turístico e econômico da proposta está diretamente ligado ao esforço coletivo das marcas:
“Se só uma cervejaria fosse para lá, ela provavelmente duraria pouco tempo. Sendo várias, a via tem tudo para se transformar em um novo polo turístico e contribuir com a revitalização do centro”.
A reportagem traz ainda o histórico das duas primeiras marcas que ocuparam o espaço. A Vírus Bier, que iniciou como marca cigana em 2017, produzindo justamente na fábrica da Piedade, foi a primeira a se instalar na rua, em setembro do ano passado. Hoje funciona como brewpub e produz 3 mil litros mensais. O espaço tem 180 m² e agora recebe o público no local, com rótulos próprios como a IPA Filomena e a pilsen Antivírus.
Já a Piedade, fundada em 2017 para atender marcas ciganas, também se reinventou ao inaugurar sua própria operação na Rua da Carioca em março deste ano. Com 750 m² distribuídos em três andares, a nova sede abriga um brewpub com cozinha e ponto de venda de hidromel, além de um rooftop previsto para abrir até o fim do ano. A fábrica original, no bairro da Piedade, será desativada em julho, e toda a produção será transferida para o centro com expectativa de alcançar 40 mil litros por mês e atender tanto o público final quanto outras marcas.
Segundo estimativas da prefeitura, o polo da cerveja artesanal pode movimentar R$ 222 milhões em quatro anos, gerando 500 empregos e R$ 41,8 milhões em massa salarial. A revitalização da rua, que nos últimos anos acumulava imóveis fechados, ganha novo fôlego com a chegada das cervejarias.