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O Impacto do Almoço Fora no Crescimento do Setor de Alimentação no Brasil

A cultura de almoçar fora de casa, principalmente durante a semana, é uma constante na rotina corrida dos brasileiros. Segundo a pesquisa “Preço Médio da Refeição Fora do Lar”, realizada pela Mosaiclab, o trabalhador brasileiro gasta, em média, R$ 46,60 por refeição quando opta por alimentar-se fora. Mas o que esse valor nos diz sobre a economia e o setor de alimentação? 

Os Gastos com Alimentação Fora de Casa 

De acordo com o levantamento apresentado pelo site “Mercado e Consumo”, o trabalhador brasileiro destina, em média, R$ 46,60 para suas refeições fora de casa. Surpreendentemente, esse valor é 14,7% superior ao registrado no ano passado, quando o levantamento foi realizado entre fevereiro e abril. Isso significa que, mensalmente, o trabalhador precisa desembolsar R$ 1.025,20, ou o equivalente a 35% do salário médio, de R$ 2.921.  

A região Sudeste apresenta o preço médio mais elevado do país, R$ 49,33, com Florianópolis (R$ 56,11), Rio de Janeiro (R$ 53,90) e São Paulo (R$ 53,12) liderando como as capitais mais caras. Fatores como os aumentos nos preços da gasolina, do gás de cozinha e da energia elétrica contribuíram para essa elevação.  

O Reflexo no Crescimento Empresarial 

No cenário atual, a tendência de almoçar fora influencia diretamente a economia, com destaque para o setor de alimentação. Bares, restaurantes e lanchonetes têm experimentado crescimento acentuado. No primeiro semestre, 140.808 novos estabelecimentos do setor surgiram, representando 6,6% do total de novas empresas. 

Além disso, dados da Future Tank sugerem que 2023 foi um marco para bares e restaurantes, não apenas pelo nascimento de novas empresas, mas pelo expressivo aumento de empregos. O setor, além de crescer, está se consolidando no mercado brasileiro. Com essa consolidação, é importante olhar para o quadro geral de estabelecimentos de foodservice no Brasil. 

Panorama Geral do Foodservice 

O Brasil já conta com impressionantes 1,6 milhão de estabelecimentos, conforme o Instituto Foodservice Brasil (IFB) e da Driva. Lanchonetes se sobressaem com cerca de 227 mil unidades, seguidas por bares (144,36 mil) e locais com menus variados (85,42 mil). São Paulo adicionou recentemente 46 mil estabelecimentos ao cenário, enquanto Minas Gerais e Rio de Janeiro contribuíram com 18 mil cada e Paraná com 10 mil. 

O Impacto Econômico da Alimentação Fora do Lar 

Fernando Blower, presidente do Sindrio, enfatizou a importância do crescimento desse setor para a economia brasileira em uma recente matéria para o portal Food Connection. 

Para Blower, abrir novos locais de alimentação não só estimula a economia, mas também traz variedade para os consumidores. A alimentação fora do lar se tornou um pilar de inovação e resiliência econômica, criando empregos e atendendo às necessidades diversas da população. 

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