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EFEITOS ECONÔMICOS DAS RESTRIÇÕES PARA BARES E RESTAURANTES SÃO DEVASTADORES

O SindRio realizou uma pesquisa após a publicação do decreto do dia 03 de março que ampliou as restrições para o funcionamento de bares e restaurantes no Rio de Janeiro. A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de março, primeiro fim de semana com a restrição de horário de funcionamento das 6h às 17h e limite de 40% da capacidade do público. Após novo decreto, estabelecimentos têm autorização para atender o público até às 21h. Mas os efeitos das restrições sinalizam que o setor, já asfixiado desde o começo da crise, não terá fôlego para sobreviver.

O levantamento mostrou que 92% dos estabelecimentos informaram que não terão caixa suficiente para o pagamento da folha salarial de março. O mesmo se observou para os pagamentos de contas básicas como água, luz e aluguel: 83,3% informaram não terem caixa e não saberem como irão pagar estas contas. Em relação ao pagamento de fornecedores, 71,6% também disseram não ter dinheiro para o pagamento.

Após o primeiro decreto com as restrições, 27,9% dos bares e restaurantes do Rio decidiram fechar completamente. Cerca de 34% já informaram que não pagaram nem o salário de fevereiro.

O SindRio também perguntou sobre demissões e a perspectiva de manter o negócio aberto. Dentre os entrevistados, 71,6% informaram que já realizaram ou pretendem realizar demissões, enquanto apenas 28,4% ainda não realizou ou não pretende demitir. Mais um dos dados alarmantes é o da perspectiva de futuro. Mais de 65% dos empresários respondeu que acredita que não conseguirá manter seu bar ou restaurantes abertos.

Para o presidente do SindRio, Fernando Blower, a ampliação do horário de funcionamento para as 21h trouxe um alento para bares e restaurantes no último fim de semana, mas ainda não é o ideal para os negócios focados no turno da noite. “Entendemos que o mais justo seria que o município do Rio tivesse o horário equiparado ao previsto pelo Governo do Estado, que permite a operação até as 23h, considerando que a maioria absoluta da categoria vem respeitando todos os novos protocolos previstos nos decretos publicados. Acreditamos que assim chegaríamos a um equilíbrio entre as restrições necessárias para a manutenção da saúde coletiva e a viabilidade de negócios que garantem o sustento de mais de 100 mil famílias cariocas”, explica.

 

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