Pesquisa mostra que apesar das dificuldades, 77% dos estabelecimentos tiveram lucro no 1º semestre
Mas a dificuldade de contratação e retenção de mão de obra atinge 85% dos estabelecimentos
A última pesquisa de 2022 realizada pela parceria entre ANR, IFB e Galunion, feita entre os dias 07 de novembro e 2 de dezembro, teve 380 respondentes que representam 9.136 estabelecimentos do setor de alimentação fora de casa (bares, restaurantes, cafés, lanchonetes e toda a cadeia de foodservice).
Entre os dados, que certamente ajudarão donos e gestores de negócios da área a vislumbrar os desafios e as oportunidades de 2023, a pesquisa Alimentação Hoje: A Visão dos Operadores de Estabelecimentos de Foodservice mostra que o setor segue em recuperação, com queda do endividamento e maior lucratividade. A mudança nos cardápios vem ajudando a enfrentar a inflação, que segue como um dos maiores desafios para 2023, junto com a dificuldade na contratação e retenção de mão de obra.
De acordo com Fernando Blower, presidente do SindRio e diretor-executivo da ANR, depois de seguir sua recuperação em 2022, o setor de bares e restaurantes espera uma maior estabilidade para 2023, com o controle ou até mesmo o fim da pandemia. “As duas entidades defendem e seguirão defendendo alguns pontos fundamentais que impactam o negócio do setor, como a redução da carga tributária, a realização de uma reforma tributária que desonere a folha de pagamento dos funcionários, o estímulo ao crédito, em especial para pequenas empresas, e ao primeiro emprego no setor de alimentação e o aumento do teto do Simples Nacional”, afirma.
Para Simone Galante, CEO da GALUNION, “depois de quase três anos de muitas disrupções, o cenário do setor começa a se acomodar e apresentar características mais definidas. Temos um foodservice com grande participação do delivery, em processo de digitalização, ajustando sua operação e menu, e ainda, com desafios em termos de custos, gestão de pessoas e se manter atualizado às mudanças de comportamento do consumidor. Chama a atenção também a adoção de múltiplos canais de venda (além do iFood, WhatsApp, telefone, aplicativo próprio, etc.)”.
Segundo Ingrid Devisate, diretora-executiva do IFB, após dois anos de restrições, o mundo precisou se adaptar a uma nova realidade e com o foodservice não foi diferente, mas com o regresso à normalidade, a aposta para o ano seguinte é alta. “O momento é bastante desafiador, porém, como é possível analisar, o setor vem se recuperando de uma forma gradativa ao passo que o consumidor vai retomando seus hábitos. Por isso, acreditamos que o foodservice voltará a ter um crescimento em torno de 5% a partir de 2023. É necessário, ainda, que o setor se adapte aos novos comportamentos do consumidor para que haja essa evolução e estabilidade”, afirma.
Desafios e tendências
Os entrevistados seguem otimistas com a recuperação do setor. 66% acreditam que 2023 será um ano melhor, mas apontam como desafios a inflação (74%), a atração de clientes e o crescimento das vendas (53%).
Baixe a pesquisa completa AQUI.