SindRio na Mídia: pescados da Amazônia conquistam espaço em restaurantes renomados no Eixo Rio-SP
Pescados da Amazônia, como o tambaqui e o pirarucu estão cada vez mais presentes nos cardápios de restaurantes
Os ingredientes regionais têm ganhado cada vez mais espaço na gastronomia brasileira, e um exemplo disso é a ascensão dos pescados da Amazônia, como o tambaqui e o pirarucu, nos cardápios de restaurantes renomados no eixo Rio-São Paulo. Através de um manejo responsável e sustentável, esses peixes têm se tornado protagonistas em estabelecimentos como o Balaio IMS, do chef Rodrigo Oliveira, e o Dalva e Dito, comandado pelo chef Alex Atala.
O papel da Bio Pescados da Amazônia
A Bio Pescados da Amazônia, sediada na região metropolitana de Manaus, tem sido uma das principais forças impulsionadoras dessa mudança. Especializada em espécies nativas dos afluentes do rio Amazonas, como o tambaqui, pirarucu, tucunaré, entre outros menos conhecidos como o aruanã e o cubiu, a Bio Pescados tem contribuído para a diversificação dos cardápios em restaurantes renomados. Além de fornecer peixes de alta qualidade, a empresa desempenha um papel de destaque no apoio a várias comunidades ribeirinhas, garantindo o sustento dessas populações e promovendo a economia local.
Em 2022, a Bio Pescados da Amazônia deu um passo importante ao inaugurar uma loja nos Jardins, em São Paulo, que também passou a funcionar como restaurante. Entre os pratos preferidos dos consumidores, estão a banda de tambaqui assada acompanhada de baião de dois amazônico e farofa, e o camarão rosa do Pará, empanado na farinha de tapioca, servido com molho especial à base de cachaça de jambu e melado de tucupi.
Cada vez mais, restaurantes no Sudeste têm deixado de lado o tradicional salmão em favor de pescados da Amazônia. Um exemplo disso é o Banzeiro, inaugurado no Itaim Bibi em 2019. Sob o comando do chef Felipe Schaedler, o Banzeiro se destaca por pratos que valorizam a culinária amazônica, como a famosa costela de tambaqui assada à lenha, servida com tartare de banana e baião de dois. Outra especialidade muito apreciada é a costelinha de tambaqui agridoce, que se tornou a entrada preferida dos clientes.
Destaque do Gosto da Amazônia e o opoio do SindRio
O sucesso do pirarucu selvagem, um dos peixes mais emblemáticos da Amazônia, em restaurantes de todo o Brasil, deve muito ao projeto Gosto da Amazônia. Criado em 2019, o Gosto da Amazônia é uma iniciativa conjunta de diversas entidades, incluindo a Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC), o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) e o SindRio, Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro.
O projeto nasceu com o objetivo de resgatar e promover o pirarucu, que esteve ameaçado de extinção na década de 1990. Graças aos esforços do Gosto da Amazônia, a população de pirarucus aumentou mais de 600% nos últimos 10 anos, e o peixe agora figura no cardápio de quase 250 restaurantes em todo o país. A comercialização desse pescado é realizada pela ASPROC, que conecta diretamente as comunidades produtoras com o mercado consumidor, garantindo uma remuneração justa — cerca de 60% superior ao pago por outros frigoríficos da região.
A iniciativa ajuda a preservar o meio ambiente, além de assegurar o desenvolvimento sustentável de mais de 200 comunidades indígenas e ribeirinhas, contribuindo para a conservação de mais de 11 milhões de hectares da Amazônia. Sérgio Abdon, diretor-executivo do SindRio, enfatiza que projetos como o Gosto da Amazônia são essenciais para a economia e a sustentabilidade do setor, além de promoverem a cultura e a gastronomia brasileira em um nível global.
O futuro do Pirarucu e da culinária Amazônica
Conforme mais restaurantes descobrem e valorizam os ingredientes nativos da Amazônia, como o pirarucu, esses peixes continuam a conquistar espaço nos cardápios, trazendo uma riqueza de sabores e contribuindo para uma gastronomia mais diversa e sustentável. O SindRio apoia o projeto Gosto da Amazônia, pois acredita que promover práticas que respeitam o meio ambiente e fortalecem o setor de bares e restaurantes no Rio de Janeiro favorece a sustentabilidade, além de ajudar a preservar e valorizar os recursos naturais do nosso país.
Conheça mais sobre o Projeto Gosto da Amazônia.