DADOS DO SETOR DE BARES E RESTAURANTES
Confira, a seguir, os dados do setor de bares e restaurantes apresentado em um compilado que reúne números relativos aos de postos de trabalho formais e recolhimento do ICMS referentes ao mês de julho, além de uma análise detalhada sobre a inflação referente ao mês de agosto.
Em julho foram encerrados 16.599 postos de trabalho formais no setor de Bares e Restaurantes no Brasil. Este é o melhor resultado para o setor desde o início da pandemia do novo Coronavírus em março – o pior resultado foi observado em abril (-92.481).
No ano, o país acumula extinção de 233.244 empregos no setor. Apesar de apresentarem números melhores em julho, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro seguem sendo os estados mais impactados pela pandemia (considerando os meses de março, abril, maio, junho e julho), com o fechamento de 79.252 e 28.727 vagas de emprego no período, respectivamente.
São Paulo (-35.567) e Rio de Janeiro (-17.500), entre as capitais, fecharam o maior número de vagas formais de trabalho no setor de Bares e Restaurantes durante o período da pandemia. Assim, o município do Rio de Janeiro acumula, no ano, fechamento de 16.888 empregos no setor – resultado inferior ao acumulado na pandemia em função do resultado positivo nos meses de janeiro e fevereiro.
Já na cidade e no estado do Rio, a atividade econômica mais afetada pela pandemia, em termos de impacto sobre o mercado de trabalho formal, seguiu sendo o setor de Bares e Restaurantes. No estado, o setor já soma 27.531 postos de trabalhos encerrados no ano, dos quais 61,3% ocorreram no município do Rio (-16.888). Hotéis e Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios vêm em seguida como setores mais atingidos pelo impacto da pandemia, tanto no estado quanto no município do Rio.
Em julho, o recolhimento de ICMS do total das atividades no estado do Rio recuou 1,9%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No que diz respeito à atividade de Bares e Restaurantes, a arrecadação de ICMS recuou 52,8% no mesmo período. Assim, em julho de 2020, o faturamento estimado do setor no estado do Rio foi de R$ 440,3 milhões, com queda de R$ 491,6 milhões na comparação com julho de 2019. Nos primeiros sete meses do ano, na comparação com igual período de 2019, o faturamento das empresas do setor recuou 41,1% (- R$ 2,8 bilhões).
Análise especial sobre a inflação
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA / IBGE) apontou, em agosto, uma variação negativa de preços de -0,13% na região metropolitana do Rio de Janeiro. Chama a atenção no mês o aumento de preços principalmente no grupo de Transporte (+0,22%), devido ao aumento nos valores de seguros (+4,15%). Por outro lado, o principal componente com variação negativa nos preços foi a Educação (-4,54%), em função da queda de preços em cursos regulares (-6,04%).
No Brasil, o IPCA apresentou variação positiva no mês, de 0,24%. Esse resultado foi influenciado majoritariamente pelos grupos de Transportes (+0,82%) e Alimentação e Bebidas (+0,78). No que diz respeito ao grupo de transportes, destaca-se o aumento no preço dos combustíveis (+2,94%), enquanto no grupo de alimentos e bebidas o aumento ocorreu em itens relacionados à Alimentação no Domicílio (+1,15%).
Com relação aos resultados observados no acumulado do ano, ressalta-se que tanto na região metropolitana do Rio de Janeiro – que acumula aumento de 0,51% nos preços – quanto no Brasil – com variação de +0,70% nos preços – o principal grupo responsável pela variação positiva dos preços foi Alimentos e Bebidas (com aumento de 2,83% no Rio de Janeiro e 4,91% no país). Em ambos, novamente, destaca-se o aumento, no ano, dos valores de itens relacionados à Alimentação no Domicílio (aumento de 3,14% no Rio de Janeiro e 6,10% no Brasil). Entre os produtos com maior aumento de preços, destacam-se os Tubérculos, raízes e legumes (+16,4% no Rio e +20,77% no Brasil) e os Cereais, leguminosas e oleaginosas (+20,32% no Rio e +18,87% no Brasil).
Acesse os dados na íntegra. Dados mensais – SindRio – Agosto 2020
