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SindRio na Mídia: quando fechar é o primeiro passo para recomeçar

O SindRio foi destaque em matéria do site Prazeres da Mesa que abordou uma realidade frequente mas pouco discutida no setor de bares e restaurantes: o encerramento de operações que não atingem os resultados esperados e a reabertura do mesmo ponto com uma nova proposta. A matéria apresenta casos em que empreendedores tomaram a decisão de fechar um negócio e iniciar outro no mesmo local, como forma de aproveitar estrutura já existente e redirecionar os esforços com base em aprendizados anteriores. 

Um dos principais exemplos é o do chef Elia Schramm, que encerrou o restaurante asiático Si-chou, em Ipanema, e abriu no mesmo endereço a Brasserie Francese, dedicada à gastronomia francesa. O Si-chou funcionou de novembro de 2023 a março de 2025, mas foi impactado por fatores como o valor elevado do aluguel — R$ 70 mil mensais com IPTU — o que exigiria um faturamento estimado de R$ 1,4 milhão por mês para manter a operação dentro de parâmetros saudáveis. Com o Francese, Schramm aposta em um modelo de cardápio mais amplo e com maior apelo de público, mantendo o mesmo ponto e infraestrutura. 

O presidente do SindRio, Fernando Blower, comentou sobre a prática: 

“Tomar a decisão de fechar um bar ou restaurante não é nada fácil, mas muitas vezes é o mais acertado a se fazer quando o negócio, claramente, não está dando certo. A vantagem de abrir outra operação no mesmo lugar é aproveitar parte do que foi investido com o estabelecimento que não foi para frente, por exemplo, com a montagem da cozinha e com a compra de cadeiras e mesas.” 

Blower também destacou que ajustes operacionais são parte natural do setor: 

“Para não ficar para trás, a maioria dos empreendimentos do nosso segmento faz ajustes finos o tempo todo. Não dá para esperar resultados diferentes, afinal, se você continuar fazendo exatamente a mesma coisa.” 

A reportagem cita ainda exemplos de grupos e empreendedores que seguiram caminhos semelhantes. A holding Alife Nino, um dos maiores grupos do setor, encerrou sete operações em um ano e reaproveitou endereços para novas marcas. Um caso citado foi a substituição do grego Aquiles, no Itaim, por uma unidade do Boteco Princesa, e o fim da marca Galeto Rainha, incorporada ao Boteco Rainha. 

Já o restaurateur Leonardo Rezende transformou o restaurante grego Oia, em Ipanema, no atual Glória Bistrô, sob comando do chef Ignácio Peixoto. Desde a abertura em maio, o novo restaurante se tornou um dos mais disputados do bairro, mostrando que uma reformulação bem planejada pode não só salvar o ponto, mas também criar um novo sucesso. 

A matéria reforça que, embora decisões como essa exijam coragem e capacidade de adaptação, elas também fazem parte de uma gestão realista e estratégica no setor de alimentação.  

 

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