A revolução dos pagamentos em bares e restaurantes
O paralelo entre gigantes globais e a ascensão do Pix

Do Pix às big techs, a revolução dos meios de pagamento está transformando a relação entre clientes e estabelecimentos.
Nos últimos anos, o setor de food service vem passando por uma verdadeira transformação digital, e um dos pontos mais impactados é o universo dos meios de pagamento. Se antes a modernização era pautada por cartões de crédito e débito, hoje o Pix se consolidou como protagonista nas transações brasileiras, especialmente em bares e restaurantes.
A tendência de digitalização não é exclusiva do Brasil. Globalmente, grandes players como Apple Pay, Google Pay e WeChat Pay já transformaram o comportamento dos consumidores, substituindo o uso do dinheiro em espécie por soluções digitais rápidas e seguras. A diferença é que, no Brasil, essa revolução foi impulsionada pela criação de uma solução nacional, simples e acessível: o Pix.
Fabio Costa, CEO do Mundo Food Service, destaca que a adesão ao Pix no setor de alimentação fora do lar foi quase imediata. “O consumidor brasileiro encontrou no Pix a conveniência que já buscava em meios globais como Apple Pay e WeChat. Para bares e restaurantes, isso significou agilidade no atendimento, redução de custos com taxas de cartões e maior controle de fluxo de caixa”, afirma.
De fato, segundo dados do Banco Central, o Pix ultrapassou em volume de transações tanto os cartões quanto os boletos, tornando-se o principal meio de pagamento no país em menos de cinco anos de existência. Para o food service, a mudança trouxe impactos práticos: menor tempo de espera na finalização de pedidos, eliminação de fraudes comuns em boletos e ampliação da inclusão financeira, já que qualquer consumidor pode utilizar a ferramenta sem necessidade de cartão ou crédito aprovado.
A mudança impulsionada pela Geração Z
O movimento também acompanha mudanças no perfil do cliente. A geração Z, cada vez mais presente no consumo em bares e restaurantes, exige experiências fluidas, rápidas e digitais. Nesse sentido, soluções de pagamento integradas ao delivery, às reservas de mesas e até aos programas de fidelidade são diferenciais competitivos.
Fabio Costa reforça que a adaptação do setor precisa ser estratégica: “Não se trata apenas de aceitar o Pix. Restaurantes que integram essa forma de pagamento a seus sistemas de gestão conseguem otimizar relatórios, conciliar recebimentos e até criar benefícios para clientes frequentes, como cashback ou descontos exclusivos.”
Outro ponto importante é o impacto no relacionamento com fornecedores. O Pix permite pagamentos instantâneos e facilita negociações, já que elimina prazos bancários tradicionais. Para estabelecimentos que trabalham com grande volume de compras semanais, como bares e restaurantes, essa agilidade faz diferença direta no fluxo de caixa e na capacidade de negociação.
A revolução dos meios de pagamento, portanto, não é apenas uma questão tecnológica, mas também cultural e estratégica. O Brasil, com o Pix, se tornou referência mundial, e bares e restaurantes estão no centro dessa transformação.
Como resume Fabio Costa, “o futuro dos pagamentos no food service será cada vez mais digital, instantâneo e integrado. O Pix abriu o caminho, mas novas soluções virão para tornar a experiência do cliente ainda mais simples e para ajudar o gestor a ter mais eficiência”.